O senador Angelo Coronel (PSD) disse, em entrevista à Tribuna, que pretende lançar um filho na política. Segundo ele, o seu herdeiro, o administrador Angelo Coronel Filho, vai disputar a eleição do próximo ano, como candidato a deputado estadual. De acordo com o senador, será a estreia do filho em corridas eleitorais. 

Também filho do senador, o deputado estadual Diego Coronel (PSD) vai concorrer para deputado federal no próximo pleito. Diego tem quase três anos na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), e antes foi prefeito de Coração de Maria. Perguntado pela reportagem se lançar dois filhos como candidatos na mesma campanha não poderia trazer prejuízos eleitorais, o senador respondeu: “vamos trabalhar para eleger os dois”. Em 2018, o deputado federal José Carlos Aleluia (DEM) decidiu lançar o filho Alexandre Aleluia (DEM) candidato a deputado estadual, e os dois saíram derrotados do ciclo eleitoral. 

O senador contou ainda que pretendia lançar a esposa, Eleusa Coronel, como deputada, mas ela decidiu não disputar o pleito. Na eleição de 2020 para Prefeitura de Salvador, ela concorreu como postulante a vice-prefeita na chapa encabeçada pelo deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante). Os dois acabaram em terceiro lugar com 5% dos votos válidos, atrás de Bruno Reis (DEM) e Denice Santiago (PT). 

Coronel ainda comentou sobre a fusão da legenda do ex-prefeito soteropolitano ACM Neto, o DEM, e o PSL. As siglas se juntaram para criar o partido União Brasil. Para o senador, pode ser um problema a questão do fundo eleitoral. O União Brasil terá R$ 320 milhões, o maior recurso eleitoral do país. “O fundo eleitoral grande pode dar dor de barriga, dar diarreia, o cara não sabe onde gastar, e depois tem problema na hora de prestar contas”, afirmou, cutucando, o senador. A criação do União Brasil ainda precisa do aval do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ser oficializada. A expectativa é que o TSE dê a permissão até fevereiro de 2022, antes da abertura da janela partidária.